quinta-feira, 20 de março de 2014

Perseguição aos cristãos: uma questão ideológica?

Perseguição aos cristãos: uma questão ideológica?
Lembro-me de que em 2008, na época em que fazia 7ª série estava estudando sobre o Socialismo na escola e como todo livro didático muito bem monopolizado pelo governo através dos padrões do MEC, aprendi as doutrinas de Karl Marx como sendo a solução para todos os problemas da humanidade. Logo Che Guevara me foi apresentado como um exemplo de caridade e luta contra as injustiças sociais. Entretanto, toda essa ficção dos livros didáticos de História não durou muito para mim. É que alguns meses depois conheci a Missão Portas Abertas e puder ter contato com a triste realidade dos cristãos perseguidos. As primeiras histórias que ouvi vinham da Coreia do Norte, Cuba e China. Países que mesmo com culturas distintas tinham algo em comum: governos ateus que perseguiam – e ainda o fazem – de forma cruel os cristãos, tudo isso por causa do Comunismo e das doutrinas vermelhas.
Naquela época eu nem entendia muito de política, mas tinha uma forte convicção: eu tinha que me opor de qualquer forma ao Comunismo e tudo o que estivesse relacionado a ele. Ora, se eu sou cristão, então acredito que os cristãos ao redor do mundo também são meus irmãos. Se eles sofrem, eu também sofro. Logo passei a nutrir dentro de mim um sentimento semelhante aos dos judeus com relação ao Nazismo. Como eu poderia ser simpático ou até mesmo defender uma ideologia que persegue pessoas como eu? Um cristão comunista é a mesma coisa que um cristão nazista, eu pensava – e ainda penso. Daí passei a ter uma bandeira política. Eu não sabia nem o que era esquerda/direita, mas sabia que por ser cristão tinha obrigatoriamente que ser anticomunista. Só que eu não passava de um garoto nerd do ensino fundamental em uma escola particular de donos cristãos em que todo mundo estava mais preocupado em ler “Crepúsculo” ou coisas do gênero. Resumindo: não havia espaço nem necessidade para o meu ativismo.
Incomodado com isso, não cheguei nem a cursar o Ensino Médio completo. Não aguentava a inércia ao meu redor e fiz supletivo. Eu não via a hora de entrar na universidade e estudar algo útil, de debater ideias, ir além do conteúdo politicamente correto do ENEM. Foi aí que no cursinho, ao expor meu conservadorismo, que nem sabia ser assim chamado, logo me denominaram “de direita”, o que parecia uma grande aberração.  A partir daí, meu senso político foi ainda mais aguçado e procurei realmente saber o que significava ser “de direita”. Vi que tinha muitos outros pensamentos alinhados com esse posicionamento, como a luta contra o aborto e o casamento gay, bem como a defesa do Estado de Israel. O que me levou a me assumir de vez como alguém de Direita.
Passei de primeira no vestibular de Relações Internacionais, aos 16 anos, e ao entrar na universidade aí é que tudo “piorou”. Logo de início me rebelei contra o sistema de doutrinação marxista cultural vigente em nossas universidades brasileiras (disso nunca me arrependerei) e passei a defender fortemente a bandeira do conservadorismo reacionário. Tudo isso porque cria ser o mais coerente com a minha postura de cristão. Sem falar que era essa forma de eu fazer algo pelos cristãos perseguidos. Eu queria utilizar minha carreira acadêmica para lutar contra a perseguição aos cristãos e obviamente eu teria que ir contra a agenda esquerdista tão difundida aqui na América Latina. Mas só isso não era necessário. Eu tinha que ser Direita e reacionário, pois era lógico que a perseguição aos cristãos era uma questão ideológica.
Entretanto, não é bem isso o que tenho percebido ao passar da metade da minha graduação e me aprofundar mais em minha pesquisa sobre os cristãos palestinos. Tenho visto que a perseguição aos cristãos está bem acima de debates ideológicos, o que requer uma postura especial da Igreja. Logo no início da minha pesquisa eu era bastante sionista (não, eu não era dispensacionalista, eram só motivos políticos mesmo) e achava que o maior problema enfrentado pelos cristãos palestinos era o extremismo islâmico – o que realmente é verdade. Por isso, eu tinha que ser ainda mais pró-Israel, uma vez que por ser uma democracia, Israel seria a solução ideal para os cristãos palestinos. Assim, eu tinha que me opor totalmente a um Estado palestino porque isso só faria aumentar a perseguição. Entretanto, ao estudar um pouco mais, percebi que a democracia israelense também de certa forma persegue os cristãos, havendo leis que proíbem inclusive o proselitismo, um direito básico de liberdade religiosa segundo o Artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU.
Foi aí que tive que decidir: quero ser fiel a uma determinada ideologia ou quero servir à Igreja? A perseguição aos cristãos palestinos pelo extremismo islâmico é muito grave e é muito confortável para que eu erga a voz contra. Mas e as leis israelenses que restringem a pregação do Evangelho? E a passividade do Estado judeu diante do extremismo ortodoxo contra os cristãos? Estaria eu disposto a ir contra isso também ou isso seria parte de uma agenda de esquerda?
Como isso me entristeceu, pois me mostrou quantas vezes, mesmo sem perceber, pensando que eu estava ao lado do Corpo de Cristo, eu estava apenas defendendo um sistema político falho e humano. Entristeci-me ainda mais por perceber que não sou o único que tenho caído nessa armadilha. Eu queria seguir a minha agenda de Direita e defender o Estado de Israel, como tantos líderes religiosos do Ocidente tem feito. Por outro lado, diversos líderes cristãos árabes e palestinos tem preferido ficar do lado contrário e em nome de uma teologia da libertação, defendem uma agenda pro-Palestina totalmente de esquerda e contrária a Israel, recusando-se a falar dos inúmeros abusos que tantos cristãos sofrem diariamente nas áreas governadas pela Autoridade Palestina.
Isso me fez ver que o Reino de Deus está muito além de uma polarização ideológica. Percebi que como cristão eu não preciso defender uma agenda de Esquerda ou Direita, mas simplesmente ser cristão. Eu não preciso ser de Direita para ser contra o aborto e defender o padrão tradicional de família. Eu não preciso ser de esquerda para falar de justiça social e defender o pobre e oprimido. Eu só preciso seguir a Bíblia e deixar que a minha teologia molde e influencie a minha ideologia e não o contrário.
A perseguição aos cristãos é um fenômeno bastante complexo. A guerra contra o Cristianismo é uma batalha de dimensões cósmicas e o próprio Jesus nos assegura isso. Por isso não podemos enfrentar uma realidade como apenas um reducionismo ideológico. É claro que o Comunismo é um dos “anticristos” dos nossos dias e que é uma ideologia totalmente contrária ao Cristianismo. Prova disso é que a Coreia do Norte há mais de dez anos é o 1º país na lista dos mais intolerantes ao Cristianismo da Missão Portas Abertas. De acordo com a lista desse ano, a Colômbia é o 25° à frente até mesmo da Palestina. Ou seja, é dever da Igreja se levantar contra isso, mas não significa que para isso teremos que abraçar todos os pontos da agenda de Direita.
Continuo sendo totalmente anticomunista, contra o aborto e o casamento gay, mas isso não significa que endosso completamente tudo o que a Direita propõe. Defendo um Estado mínimo, responsável apenas pela execução da justiça, mas o faço não porque sou liberal e sim porque sou cristão. Que seja a atitude da Igreja. Que não nos submetamos a ideologias políticas, mas sujeitemos todas as nossas convicções às Escrituras, deixando que elas nos moldem e não manipulando-as.
"As opiniões ditas pelos colunistas são de inteira e única responsabilidade dos mesmos, as mesmas não representam a opinião do Gospel+ e demais colaboradores."

Palestino convertido ao cristianismo denuncia sacrifício de cristãos por muçulmanos em rituais macabros e publica vídeos; Assista

Palestino convertido ao cristianismo denuncia sacrifício de cristãos por muçulmanos em rituais macabros e publica vídeos; Assista
O ex-membro da Organização para Libertação palestina Walid Shoebat se converteu ao cristianismo, e resolveu expor ao mundo o massacre que extremistas islâmicos cometem contra cristãos em “rituais de sacrifícios humanos”.
Em vídeos que ele encontrou e optou por disponibilizar ao mundo, muçulmanos matam cristãos de forma fria e sistemática, demonstrando crueldade e um nível de extremismo digno de terroristas.
No material exposto por Shoebat, há corpos retalhados e esquartejados e cabeças armazenadas em linha como se fossem troféus, além de execuções de homens enfileirados de joelhos, enquanto os muçulmanos fazem preces pedindo que Alá aceite seu sacrifício. Num dos vídeos mais chocantes, um extremista corta a garganta de um homem e o joga ainda agonizando numa cova.
“Relatamos essa história por causa do silêncio sobre o assassinato sistemático dos cristãos, minorias xiitas e até muçulmanos sunitas na Síria que não concordam com a teologia takfirista. A história é uma reminiscência para o relatório inicial sobre o extermínio dos judeus da Europa e de outras minorias quando pouca cobertura foi dada à verdade nestes dias”, disse Shoebat em entrevista ao portal WND.
Segundo o palestino que se converteu ao cristianismo, “os cristãos estão sendo mortos nestes mesmos rituais todos os dias, e o derramamento de sangue não vai parar. Devemos trabalhar juntos para resgatá-los “, convocou.
Os rituais macabros e cruéis de sacrifícios de cristãos já havia sido denunciado pela freira ortodoxa síria Hatune Dogan, que por conta própria conduziu uma investigação sobre casos de torturas a cristãos e descobriu que os radicais islâmicos da síria praticam um ritual de lavagem das mãos com o sangue, como parte do “sacrifício a Alá”.
Normalmente, muçulmanos usam água para os rituais de lavagem das mãos antes de suas preces. O sangue de cristãos vem sendo usado por fanáticos em suas preces, o que gerou um mercado negro de tráfico de sangue de cristãos.
As imagens, extremamente chocantes, podem ser vistas neste link.

Pesquisa aponta Jesus como a terceira pessoa mais famosa da humanidade, atrás dos filósofos gregos Aristóteles e Platão

Pesquisa aponta Jesus como a terceira pessoa mais famosa da humanidade, atrás dos filósofos gregos Aristóteles e Platão
Uma pesquisa que tinha como objetivo mapear toda a produção cultural da Terra no período histórico entre os anos 4.000 a. C. até 2010 terminou chamando mais atenção por conta do ranking de figuras mais famosas da humanidade do que por sua proposta inicial.
Segundo os pesquisadores do Laboratório de Mídias do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Jesus Cristo, o “homem” que pautou o calendário moderno, é apenas o terceiro mais famoso da história da humanidade.
O Projeto Pantheon apontou o filósofo grego Aristóteles como a pessoa mais famosa do mundo, seguido de seu compatriota Platão e de Jesus Cristo, no terceiro lugar. A conclusão do projeto se deu a partir da coleta e análise de dados colhidos na a Wikipedia e na Freebase (ambas preparadas de forma colaborativa) e de informações sobre artistas e cientistas que mais contribuíram para a humanidade de 800 a. C. até 1950 listados em um livro.
Os pesquisadores reconhecem que o projeto nunca estará concluído, pois a humanidade sempre produzirá material cultural que acrescentará informações ou as modificará. “Essa incompletude, porém, é o combustível que leva nossa equipe a estar continuamente compilando, refinando, analisando e visualizando novos dados”, disseram os pesquisadores, de acordo com o site do jornal O Povo.
A pesquisa, apesar de isenta, desperta contrariedade em fiéis por conta da importância que o Filho de Deus tem não apenas para a religião cristã, mas também para a história da humanidade, que desde seu ministério, abriga seguidores pautados por seus ensinamentos de amor ao próximo, justiça e salvação.
Confira a lista completa dos 10 homens mais famosos da história da humanidade:
1 – Aristóteles
2 – Platão
3 – Jesus Cristo
4 – Sócrates
5 – Alexandre, o Grande
6 – Leonardo Da Vinci
7 – Confúcio
8 – Júlio César
9 – Homero
10 – Pitágoras

Cantor gospel denuncia drogas, prostituição e bebidas entre pastores e organizadores do Congresso Gideões da Última Hora; 

Cantor gospel denuncia drogas, prostituição e bebidas entre pastores e organizadores do Congresso Gideões da Última Hora; Assista
O Congresso Gideões Missionários da Última Hora é alvo de uma denúncia feita pelo pastor e rapper Juninho Lutero na música “Gideões: Prostitutas de Terno e Gravata”.
Lutero afirma que a organização do evento pentecostal cobra R$ 50 mil de pastores que desejam pregar no congresso, realizado em Camboriú (SC), além de acusar os líderes que participam do evento de usarem drogas.
“Congresso dos Gideões é uma farsa, composta por pastores que cheiram pó e bebem cachaça. É claro que não falo de todos, mas homens de Deus ali dentro são bem poucos. Na verdade, Camboriú visa lucro e não missões. Zombam da fé alheia no palco dos Gideões”, afirma Juninho Lutero nos versos da música.
As afirmações do rapper vão além e atingem também as cantoras gospel que se apresentam durante o congresso. Segundo Juninho Lutero, muitas delas “se deitam” com os organizadores para conseguir espaço no evento.
“O que existe nos bastidores é indecente. Cantoras que se deitam com organizadores, pra poderem cantar nos Gideões seus falsos louvores. Por um minuto de fama vão pra cama com pastores que espiritualmente estão na lama. Mulheres sem unção, de saião e cabelão, vendem o corpo em Camboriú pra ter o microfone na mão”, acusa o rapper em outro trecho da música.
O congresso é organizado há 32 anos pela Assembleia de Deus de Camboriú (SC), dirigida pelo pastor Cesino Bernardino. O evento atrai em média 100 mil pessoas todos os anos, durante os dez dias de reuniões. Em 2014, o congresso acontecerá entre os dias 26 de abril e 5 de maio.
ACISTA AO VÍDEO :
https://www.youtube.com/watch?v=J8-BfpkqR-w

quinta-feira, 6 de março de 2014

Por que a música gospel é tão ruim?


Por que a música gospel é tão ruim?
A questão “Por que a música gospel é tão ruim?” pode parecer desimportante, mas é fundamental na investigação da espiritualidade superficial dos nossos dias.
Na Grécia Antiga o filósofo Platão (348/347 a.C.) já falava sobre o potencial que a música tem de produzir efeitos duradouros e profundos na alma humana.
Na filosofia clássica a música é vista como o retrato do zeitgeist (“espírito do tempo”), portanto, para entender uma época basta estudar a produção musical do período.
O gênero musical produzido por uma comunidade também pode ser entendido como o reflexo de suas principais características. O que o gospel revela sobre o segmento evangélico moderno?
A música gospel é tão pobre e vulgar, no que diz respeito à organização melódica, quanto qualquer outro gênero musical contemporâneo. O gospel faz parte da indústria pop e sua única diferença é de “conteúdo”.
Crítico implacável da cultura pop, o filósofo britânico Roger Scruton (1947-) lamenta a predominância no Ocidente da música pop: mecânica, afogada em sequências de acordes banais e efeitos de computador, sem qualquer organização melódica. É o tipo de coisa que toca nas rádios evangélicas. 
Cultura medíocre
“Adorno lembra que é muito difícil criticar uma linguagem musical sem colocar em julgamento a cultura à qual a linguagem musical pertence. Expressões musicais não vêm em pacotes fechados, sem relação com o resto da vida humana”, escreveu Scruton.
O filosofo britânico afirma que a música espiritual não se vale necessariamente de letras simples e inspiradas (o canto gregoriano é prova disso): seu valor reside, antes, na melodia.
Os primeiros compositores cristãos forjavam suas melodias e letras na tranquilidade do claustro, em silenciosas reflexões sobre a natureza de Deus e sua insondável soberania.
Por seu turno, os compositores gospel são dados à ligeireza, afeitos ao barulho e suas composições são, antes de tudo, registros de suas próprias emoções insignificantes.
Barulho, ligeireza e sentimentalismo: eis o retrato da espiritualidade fast food que invadiu as igrejas.
O hit gospel da rádio só emociona almas superficiais e, nos templos,  ele sempre precisa vir acompanhado de ministrações chorosas do “levita” de plantão para causar algum tipo de emoção em um público já amestrado -como os de programas de auditório – que só sabe repetir o refrão enfadonho do momento.
Eu, eu, e eu mesmo
O gospel é superficial e projeta uma espiritualidade superficial. Uma das provas da mediocridade que acomete a música gospel pode ser encontrada na composição:
“Eu, eu, eu, eu quero é Deus!
Eu, eu, eu, eu quero é Deus!
Não importa o que vão pensar de mim,
Eu quero é Deus!”
Podemos observar, no refrão acima, uma pitada de autoelogio e certo narcisismo. A impressão que se passa é que é possível uma espiritualidade solitária e até mesmo hostil à percepção alheia.
Espiritualidade do “eu sozinho” é coisa de budista. Cristianismo é diálogo e comunidade.
Ora, o “eu” que se repete tantas vezes nas canções gospel dos nossos dias inexistia nas composições clássicas dos pioneiros do protestantismo.
Os protestantes históricos eram perseguidos e não viviam tagarelando sobre suas emoções ou desejos – suas composições falavam da dependência de Deus.
Martinho Lutero, que foi um grande compositor, escreveu em “Castelo Forte”:
“A nossa força nada faz; 
Estamos, sim, perdidos; 
Mas nosso Deus socorro traz 
E somos protegidos”
O que mudou? A mentalidade dos homens.
No feudalismo todos viviam presos à ideia de um destino inescapável. Mas as revoluções burguesas no século XVIII transformaram a percepção do homem sobre si mesmo.
O modo de produção capitalista – o mais eficiente de todos – causou efeitos colaterais deletérios na mentalidade humana, fazendo-nos crer que somos donos de nossos próprios destinos e que Deus tem a obrigação de nos conceder a felicidade plena.
Lutero e demais protestantes históricos viveram na época de transição, ainda em um capitalismo incipiente, e certamente aprovariam a negação do fatalismo que animava o feudalismo. Mas jamais aprovariam a ideia de que o homem é tão importante que pode barganhar com o próprio Deus.
Teologia medíocre
A teologia da prosperidade é um dos subprodutos da mentalidade narcisista do homem moderno, crente em si mesmo, autocentrado, e devoto do mais vil pragmatismo. E a música gospel nada mais é do que o equivalente cultural da teologia da prosperidade.
A cultura gospel colocou o “eu” desligado da comunidade como centro da espiritualidade fast food que faz as massas tratarem Deus como um atendente do McDonald’s.
Não é apenas o conteúdo da cultura gospel que está mergulhado em mediocridade. O seu formato é mecânico como tudo no modo de produção industrial. O problema desse tipo de música antimelódica e mecânica – também abordado por Scruton – é sua incapacidade de nos conectar ao sagrado e ao belo.
A “Nona Sinfonia”, de Beethoven, conduzia até mesmo ateus como Nietzsche (1844- 1900) e Schopenhauer (1788- 1860) a experiências espirituais de contemplação da criação.
Não seria justo exigir de ninguém a grandeza de Beethoven. Porém, Scruton lembra que a  verdadeira música espiritual – mesmo nos nossos dias – tem certas características essenciais.
A música espiritual nos leva a contemplar a beleza da criação, a majestade do Criador e sentir alegria genuína diante de todos os mistérios divinos presentes no universo.