sábado, 1 de fevereiro de 2014

No início, o mundo era composto por Adão e Eva. Depois, nasceram Caim e Abel. Então, Caim matou Abel. Como Caim encontrou uma mulher? De onde ela veio? Por que a Bíblia não nos relata?

Em primeiro lugar – Deus criou o ambiente onde Ele colocaria o homem. Fez os animais em pares (o macho e sua fêmea) e viu que era bom.
Em segundo lugar – Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, e viu que não era bom que o homem estivesse só. Fez-lhe uma companheira – a mulher.
Em terceiro lugar – Deus dotou esse casal com a bênção da procriação, e transformou esse ato numa oportunidade de prazer e satisfação santificados: “Então Deus os abençoou e lhes disse: Crescei e Multiplicai-vos: ENCHEI a Terra” Gênesis 1:28. Algumas traduções dizem: “Sêde fecundos” outra dizem ainda: “Frutificai e multiplicai-vos”.
Como Adão e Eva poderiam encher a Terra cumprindo a determinação de Deus? De que maneira isso poderia ser possível? Veja, o relato bíblico diz que “Tornou Adão a conhecer sua mulher, e ela deu à luz a um filho”. Ora, o verbo tornar significa dizer que ele já a tinha conhecido antes. A referência aqui é ao ato sexual – a intimidade entre o homem e a sua mulher necessária para procriação e cumprimento da obrigação de encher a Terra.
A resposta é muito simples: casamento entre irmãos. Antes dos seus 130 anos de existência, Adão e Eva tiveram dois filhos homens – Caim e Abel. Aos 130 anos, Adão e Eva geraram Sete. Adão viveu 800 anos depois que Sete nasceu e teve filhos e filhas (Gênesis 5:4). Quantos? Ninguém sabe. Muitos. Adão viveu quase um milênio: 930 anos.
Na gênesis bíblica só há história de machos. As fêmeas não entram em genealogia. Por conseguinte, não se sabe quantas filhas foram geradas por Adão antes ou depois de seu filho Sete. O casamento entre irmãos fora permitido por Deus para que a Terra fosse povoada. Foi por isso que Caim conheceu sua mulher e teve um filho. A súbita menção da mulher de Caim não cria problema, porquanto Adão e Eva tiveram muitos filhos e filhas, além dos três primeiros cujos nomes lhe foram dados.
Os primeiros habitantes da Terra não tiveram outra alternativa, senão casarem-se com seus irmãos e irmãs a fim de cumprir a ordem divina: “Crescei e multiplicai-vos; enchei a Terra”. Aliás, esta dificuldade se deflui de imediato, pela simples leitura do texto de Atos 17:26: “de um só fez todas as raças dos homens, para habitarem sobre toda a face da Terra.” Esse costume, o casamento entre irmãos consangüíneos, continuou por muito tempo. Tanto que Abraão se casou com sua irmã Sara (Gênesis 20:12). Posteriormente, pelo degenerar-se da raça humana, essa prática foi proibida – Levíticos 18:6-17.
Não é sem razão que o Senhor Deus, no segundo mandamento escrito em sua Santa Lei, fala da bagagem genética: “visitarei a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração” Êxodo 20:5.
Hoje, essa prática é denunciada criminalmente como sendo uma relação incestuosa. Só acontece entre pai e filha, filho e mãe, e irmãos entre irmãos, relacionadas com o estupro, contrária à vontade de uma das partes.
Por final, da boa leitura que você fará dos capítulos 4 e 5 de Gênesis, muitos outros enigmas relacionados com o relacionamento, o crescimento e, ainda com o surgimento das raças humanas serão convenientemente esclarecidos. O melhor comentário bíblico, ainda é a própria Bíblia. A Bíblia é a sua própria intérprete.
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