terça-feira, 2 de julho de 2013

Governo mobiliza parlamentares para que projeto apelidado como “cura gay” não seja aprovado na Câmara


Governo mobiliza parlamentares para que projeto apelidado como “cura gay” não seja aprovado na Câmara
O projeto 234/2011, apelidado como “cura gay”, poderá ser votado esta semana no plenário da Câmara dos Deputados. O governo federal estaria mobilizando a bancada para que a proposta do deputado João Campos não seja aprovada.
De acordo com a Agência Câmara, o PDC 234/2011 estaria na lista de projetos que devem ser votados com urgência, e para que isso seja feito, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) apresentou um requerimento pedindo assinaturas dos demais parlamentares. A ideia, segundo o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), é que a “cura gay” seja “enterrada”.
“Vamos derrotar politicamente esse projeto. Ao invés de deixar essa questão cozinhando, é preciso rejeitá-la. Isso vai ser uma derrota daqueles que trabalham contra os direitos humanos e hoje comandam a comissão voltada à defesa das minorias na Câmara”, afirmou Ivan Valente, segundo o G1.
O PDC 234/2011 foi apelidado pela militância homossexual como “cura gay” pois prevê a anulação de dois artigos da resolução do Conselho Federal de Psicologia (CFP) que proíbem aos profissionais da área de prestar atendimento a homossexuais que busquem ajuda para mudar sua orientação sexual.
Recentemente, o PDC 234/2011 foi aprovado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), presidida pelo pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP).
A ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos, afirmou que a postura do governo é contrária ao projeto, e espera que a proposta seja reprovada: “A Câmara reflete a sensibilidade da sociedade. O Brasil segue as orientações da Organização Mundial da Saúde [OMS], que exclui a interpretação sobre orientação sexual com o viés de doença. Esperamos que o projeto chamado de ‘cura gay’ seja rejeitado pela Câmara. O importante é rejeitar e impedir que o projeto permaneça tramitando na Casa”, disse, de acordo com a Folha de S. Paulo.
Na última semana, a psicóloga Marisa Lobo publicou um artigo em sua coluna aqui no Gospel+sugerindo ao deputado João Campos que retirasse o projeto de votação, para que fosse melhor discutido, e evitasse a manobra do governo, que sempre sinalizou ser contrário ao projeto.
“Querem mostrar serviço de forma suja e oportunista [...] Não posso aceitar que um projeto que nasceu para proteger profissionais de serem injustamente acusados, ou de ser deles tirado o direito de liberdade de expressão, seja usado para resolver uma situação de desgaste da política nacional como, por exemplo, a má administração pública e principalmente a corrupção [...] Querem tirar o foco, dando-lhes uma causa que não é deles, tentando demonizar o projeto, como se esta Nação, este povo, que acaba de acordar, fosse massa de manobra ou ‘idiotas úteis’”, escreveu.
Confira a íntegra do artigo aqui.

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