quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Porque o Cristão não pode ser Maçom

Porque o Cristão não pode ser Maçom

Porque o Cristão não pode ser Maçom

              Em 2004 a minha presença estava garantida no Bairro de São Cristovão, local onde encetou a estadia da Família Real Portuguesa no Brasil. Neste dia aconteceria uma sessão do 30° grau, no Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito, os candidatos já estavam reunidos para adentrarem no templo, quando, por um motivo que não me lembro, ocorreu um atraso considerável. Então, esperando, alguns irmãos sentaram-se e deram inicio a debates sobre economia e política do Brasil. Sem duvida, neste momento havia maçons influentes, muitos empresários prósperos, intelectuais, advogados e etc. O assunto estava tendo uma simetria continua, até que, um irmão do 33°levantou uma questão muito interessante, ele comentou: “estou triste, porque um amigo que gostaria que fosse aceito e iniciado nos Augustos Mistérios, não aceitou meu convite porque era cristão e seu Pastor e família convenceram-lhe que é impossível ser cristão e Maçom ao mesmo tempo”.
             Todos lamentaram a decisão do candidato. Muitos exaltaram que não há nenhum problema de um cristão adentrar a Maçonaria. Além do mais, a frase que é mais pronunciada dentro dos templos é que tudo que é realizado nas iniciações maçônicas são puramente SÍMBOLICO. Traduzindo: não há nenhum significado real nas ações ritualísticas, tudo é como fosse um teatro e isso não funciona como um dispositivo disruptivel de nossa fé no cristianismo.
             Neste momento, a minha alma ferveu, pois na condição de estudante de ocultismo, sendo astrólogo, numerólogo e tarólogo, e além do mais, na juventude fui batizado, (iniciado) como cristão na Igreja de Cristo localizada no bairro de Ramos da Cidade do Rio de Janeiro, tive a necessidade de espraiar minha opinião sobre o assunto. É obvio que afirme com um eufeminismo que o cristão não poderia ser maçom, entretanto, fui estigmatizado pela maioria de irmão presente.
             Naquela noite eu realmente não estava preparado para tal debate. Faltaram-me argumentos relevantes e fatos indubitavelmente concretos.  Com isso, passado 10 anos após o ocorrido, estava jogando xadrez quando mais uma vez ouvi a mesma afirmação vinda do meu oponente, que como eu,  é professor de história e sociologia, ele argumentou: “não aceito seu convite porque meus pais são cristãos e me censuraram muito quando eu declarei a eles que fui convidado”. Mais uma vez  eu me deparei com a mesma complexidade da resposta. Descobri que o ocorrido me fez uma marca indelével em minha alma, com isso tomei uma decisão e resolvi usar as técnicas acadêmicas de pesquisa levantando uma pergunta e tentando responder através de muita leitura, comparando autores de livros maçônicos, assistindo TV a cabo quando o assunto era maçonaria e pesquisando na internet, ao fim, constatei esses fatos conclusivos.




CONCLUSÃO:

             As conclusões são óbvias, o primeiro paradigma a ser revelado é a chave que vai abrir a porta para o devido e primeiro esclarecimento: a Maçonaria é um ecletismo : Filosofia que sem sistema próprio aceita a dos outros, ou a do outro dar mais explicações.
             A explicação do texto supracitado indica que a Maçonaria absorveu várias doutrinas, dogmas e rituais antigos, ou seja, os rituais maçônicos contemporâneos foram copiados e reproduzidos por antigos ritos de iniciações.
             Temos que entender que a Maçonaria operativa era composta por pedreiros que cultuavam seus deuses antigos. Aparentavam a aceitar a doutrina cristã católica, mas no seu intimo, eram pagãos. Isso é notório nas construções de igrejas e catedrais, um bom exemplo está na Igreja da Penha, construída no século XVIII na Cidade do Rio de Janeiro, onde qualquer um poderá ver símbolos chamados maçônicos, que na verdade, são ícones pagãos muito mais antigos que a Maçonaria. Na Igreja da Penha se o leitor olhar para o teto verá um triangulo com um olho no meio. Com os olhos mais atentos, o visitante pode notar que há uma figura de um cervo contrapondo com uma cruz, um símbolo pagão que entre outros significados é a manifestação do deus Coníferous consorte da Grande Deusa. Esse é um exemplo simples, havendo um interesse do leitor e queira investigar, aconselho um turismo nas igrejas pelo mundo.     
             A confraria de pedreiros era um excelente lugar para qualquer um que deseja praticar religiões diferentes ao Catolicismo. Entre os pedreiros, expor sua crença não era perigoso. Com isso, muitos intelectuais, ricos e homens influentes que não aceitavam a autoridade do Papa e do cristianismo, tinham a chance de cultuar sua crença sem medo de ser criticado ou corre perigo por causa da Santa Inquisição.
             A Maçonaria tem aproximadamente 104 ritos diferentes, em cada um deles o leitor poderá notar que muitos dogmas e sistemas esotéricos variados baseados em religiões e ritualísticas antigas, estão expostos nos rituais maçônicos. Caso o leitor queira conhecer os 104 ritos maçônico e suas liturgias, notaram que são copias de iniciações antigas praticadas por religiões pagãs.
             Todavia somente vou me basear a minha opinião no rito que sou praticante – Rito Escocês Antigo e Aceito, (R.E.A.A), e como também, vou omitir certas palavras e conclusões por causa dos juramentos que eu fiz, de não revelar os segredos que a mim foram confiados. O verdadeiro adepto, certamente terá a plena consciência epistemológica do que vou expor sobre os rituais iniciáticos.


O porque – as principais diferenças :

A RECEPÇÃO DO NEÓFITO :

             As reflexões do candidato não merecer comentários, porém, é incomum no cristianismo, sendo que, muitas iniciações antigas, praticam as reflexões de seus candidatos. Contudo, serve para o neófito ter uma consciência espiritual.
             As jornadas são características de quase todas as religiões que praticam iniciações esotéricas, e são inexistentes no cristianismo, entre muitas que a Maçonaria pratica posso citar uma: as viagens da deusa Isis em busca do corpo de Osíris. Outro exemplo é a busca do Gral....
             Poderia aqui me estender, todavia, vou ilustrar algumas principais diferenças esotéricas e dogmáticas entre a Maçonaria e o Cristianismo. Uma das principais diferenças é gritante, a maçonaria reconhece a Bíblia como um LIVRO DA LEI; frase que tem um significado teleológico, (um principio ou uma finalidade) de regras de comportamento e exaltação a virtude. Muito diferente da visão espiritual que o cristão tem sobre a Bíblia, pois para o cristianismo a Bíblia foi inspirada por Deus.     
             Para finalizar, se eu fosse expor passo a passo todo o ritual maçônico, o leitor notaria que os graus 2° e 3°, são ainda mais relevantes para comparamos a diferença entre o Cristianismo e a Maçonaria. Tendo ainda a acrescentar que o maior herói simbólico maçom era adorador da grande deusa........
             Sobre os graus filosóficos do Rito Escocês Antigo e Aceito, seriam ainda maior as contradições, mas para evitar qualquer comentário, eu citarei nas entrelinhas uma iniciação que muitos Maçons dos altos graus filosóficos tiveram o imenso prazer de participar. Há um grau que é realizado em uma data especifica, (esse grau é feito em dois dias), a referência do grau é concomitante a pessoa de Jesus Cristo, tenho a dizer que é indubitavelmente irrelevante a participação do Cristo no ritual, que é desviado para um objetivo totalmente diferente do que é ensinado nos Evangelhos, contudo, para os estudantes de magia e ocultismo, é de suma riqueza de conhecimento.
             Sobre a principal frase: É TUDO SÍMBOLICO, usada freqüentemente por irmãos que insistem ignorar o valor e a espiritualidade das ações realizadas em loja, ou seja, o exercício do ritual, tenho aqui a escrever que esses irmãos ainda não foram iniciados nos augustos mistérios e no conhecimento de Deus e de sua criação. Por mais que os rituais informem que a Maçonaria não é uma religião, ela (a maçonaria) se comporta como tal, e sua essência é filosófica, esotérica e mística. SER MAÇOM É SER PAGÃO, SER MAÇOM É SER OCULTISTA E SER MAÇOM É SER UM ADORADOR DO DEUS CRIADOR DOS CEUS E DA TERRA.
Com essa afirmação supracitada é impossível o Maçom ser Cristão.    

Professor Roberto Mirabelli      

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