quinta-feira, 25 de abril de 2013


Bancadas evangélicas nos Estados supera católicos e marca atuação política crescente de igrejas, diz jornal

Bancadas evangélicas nos Estados supera católicos e marca atuação política crescente de igrejas, diz jornal
O engajamento político dos evangélicos tem sua maior expressão através da Frente Parlamentar Evangélica no Congresso Nacional, mas não se resume a ela.
Um levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Pauloidentificou bancadas evangélicas nas assembleias legislativas de todos os 27 Estados brasileiros.
A constatação se deu através da análise de reportagens sobre o tema, entrevistas, currículos de políticos e dados oficiais. Como critério, o levantamento excluiu da chamada bancada evangélica os deputados que tem sua profissão de fé conhecida publicamente, mas que não pautam sua carreira política a partir da representação religiosa.
De acordo com o jornalista Lourival Sant’Anna, a estratégia de vincular a fé à política é um fato recente na história do país: “É um fenômeno relativamente novo no Brasil, que resulta de uma mobilização de diversas igrejas pentecostais – principalmente a Assembleia de Deus, a Igreja Universal do Reino de Deus e a do Evangelho Quadrangular – para ocupar espaço no Legislativo, na mídia e na paisagem das cidades, com seus templos espalhados pelo Brasil”, afirma o jornalista, especializado em política.
O levantamento constatou que o Rio de Janeiro é o Estado tem o maior número de evangélicos militantes: são 21% dos deputados eleitos para a Assembleia Legislativa. Comparando com a população fluminense, que possui 29% de evangélicos, o número é um retrato bastante semelhante da sociedade.
Em São Paulo, a população possui 24% de evangélicos, e a Assembleia Legislativa abriga 11% de deputados estaduais que são militantes evangélicos.
Na região Norte do país, são registrados os maiores índices de deputados estaduais militantes do movimento evangélico. No Acre, 33% dos parlamentares são evangélicos, porcentagem exatamente igual à da população acreana que se declara evangélica. No Amapá, 28% da população se diz evangélica, enquanto que 25% dos deputados estaduais militam no movimento.
Apesar de em todos os Estados brasileiros haverem deputados de militância evangélica, em 13 Assembleias Legislativas não foram encontrados deputados que tenham se elegido por sua atuação exclusivamente no meio católico.
As bancadas evangélicas superam as bancadas católicas em quase todos os Estados onde elas coexistem, empatando apenas no Rio Grande do Norte e na Paraíba, onde registram respectivamente, 4% e 1% dos deputados estaduais.
Confira no infográfico abaixo, a comparação Estado a Estado das bancadas evangélicas e católicas:
EvangelicosAssembleias-InforgraficosEstadao

Nenhum comentário:

Postar um comentário