terça-feira, 30 de abril de 2013


Medida do governo angolano promove “monopólio” da Igreja Universal no país


Medida do governo angolano promove “monopólio” da Igreja Universal no país
Uma medida decretada pelo governo de Angola baniu o funcionamento da maioria das igrejas evangélicas brasileiras do país. Como justificativa para a medida, o governo angolano afirmou que tais igrejas praticam “propaganda enganosa” e “se aproveitam das fragilidades do povo angolano”, além de não terem reconhecimento do Estado.
Cerca de 15% da população angolana é evangélica, número que tem crescido, principalmente entre as igrejas neopentecostais, segundo o governo. Porém, a decisão do governo pode fazer com que a Igreja Universal detenha o “monopólio” entre igrejas dessa vertente no país, visto que, mesmo funcionando sob intervenção do Estado, ela continua tendo permissão para atuar no país.
De acordo com a Folha de S.Paulo, Rui Falcão, secretário do birô político do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) e porta-voz do partido, disse que as “dissidências” não obterão reconhecimento do Estado.
- O que mais existe aqui em Angola são igrejas de origem brasileira, e isso é um problema, elas brincam com as fragilidades do povo angolano e fazem propaganda enganosa – afirmou Rui Falcão, que está no poder desde a independência de Angola, em 1975.
Essa manobra é vista por especialistas como uma forma de restringir a concorrência de outras igrejas brasileiras no país, uma vez que governo do país é visto como muito próximo da Universal, cuja TV Record tem grande força no país.
- Angola é terreno fértil para a Universal, que tem lá TV, jornal, templos e conexões políticas, e por isso deve ter conseguido essa ‘reserva de mercado’ – afirma Ricardo Mariano, sociólogo da PUC-RS.

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