quinta-feira, 25 de abril de 2013


Deputados evangélicos evitam dar apoio público a Marco Feliciano

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Só 6 dos 44 integrantes da bancada dizem se sentir representados por pastor. Apesar disso, um terço defende permanência do deputado Marco Feliciano (foto) à frente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Apesar de o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) ter o apoio de um terço da bancada evangélica para permanecer à frente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, só 6 dos 44 deputados da bancada dizem publicamente se sentir representados pelo pastor e endossam suas opiniões polêmicas.
A Folha procurou todos os integrantes da bancada evangélica listada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Oito não foram localizados.
Os deputados foram solicitados a responder três perguntas: Marco Feliciano deve renunciar à presidência da comissão? O deputado representa a bancada evangélica? Há preconceito contra ele?
Entre os que responderam, 16 disseram não se sentir representados por Feliciano nem endossar suas opiniões. A maioria se omitiu: 22 não responderam. O colega é a voz da bancada só para 6.
Ainda assim, parcela significativa (19) defendeu a permanência de Feliciano no comando da Comissão. Mas a falta de apoio público dos colegas de bancada também foi expressiva: 38% dos entrevistados não quiseram opinar. Apenas um deputado, Laércio Oliveira (PR-SE), defendeu o afastamento.
“É uma comissão em que questões diversas dos direitos humanos são tratadas, e a nossa opinião é a que menos deve prevalecer.”
O debate sobre o preconceito contra Feliciano também dividiu a bancada. Para 18 integrantes, há uma atitude preconceituosa contra ele, enquanto 14 dizem que não.
Alguns disseram que a permanência de Feliciano é uma decisão de foro pessoal.
Segundo o deputado João Campos, presidente da Frente Parlamentar Evangélica, “as concordâncias [com Feliciano] estão em conceitos. As divergências, em algumas expressões que de fato não têm unanimidade entre nós.”
O líder do PR, Anthony Garotinho, diz que seria um precedente “perigoso” tirá-lo da presidência. “O regimento é claro em dizer que só em caso de renúncia um presidente deixa uma comissão.”
Fonte: Folha de São Paulo

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