sábado, 11 de maio de 2013


Kainos Missões Urbanas: grupo atua junto a moradores de rua oferecendo comida, roupa e inclusão social


Kainos Missões Urbanas: grupo atua junto a moradores de rua oferecendo comida, roupa e inclusão social
O Kainos Missões Urbanas é uma iniciativa que atua na Comunidade Invasão do Meninão, localizada na periferia de Campina Grande, na Paraíba.
Fundado em fevereiro de 2010, o grupo começou seus trabalhos com a distribuição de “quentinhas” às terças e sextas, na intenção de criar um vínculo com os moradores de rua para conquistar a confiança do público-alvo.
A proposta de trabalhar com moradores de rua em Campina Grande surgiu como uma introdução à ideia de atingir todas as faixas etárias da população, beneficiando desde crianças até idosos através da arte, cultura, educação, saúde, entre outros.
A Redação do Gospel+ conversou com Janderson Reis Figueira sobre o Kainos. Confira:
Quais as áreas de atuação e público alvo do projeto?
Trabalhamos em comunidades carentes e moradores e dependentes químicos em situação de rua.
Qual o tempo de atuação do projeto? Poderia contar um pouco da história, como surgiu, quem idealizou?
O projeto foi fundado por mim, Janderson Reis Figueira, mais conhecido como “Kbelo”. Sou missionário formado na agência Avalanche Missões Urbanas, no Espírito Santo, e fundador da escola Verbalizando Missões Urbanas, no Rio de Janeiro. Com um grupo de amigos, idealizamos o Grupo Kainos Missões Urbanas.
Realizamos este trabalho com cunho social e resgate espiritual. Nosso público-alvo é composto por pessoas de todas as idades, que voluntariamente doam, além do seu tempo, alimentos, roupas, agasalhos, calçados, cobertores e principalmente amor. Uma simples refeição, um agasalho e uma palavra amiga (que acalenta o coração) são as ferramentas fundamentais para possibilitar o resgate da autoestima objetivando a sua reintegração social e um contato mas próximo com Deus.
A palavra Kainos, vem do grego “anakainosis” uma combinação de ana “de novo” e kainos “novo”, que sugere uma transformação de vida e de interior.
Quais os parceiros que o projeto possui?
Todas as terças e sextas-feiras são entregues a “quentinha” e palavras de fé por voluntários que percorre as ruas da cidade de Campina Grande. Todos os produtos usados na preparação de quase 1.000 quentinhas mensais, tem sido arrecadados através de doações, Sendo assim não temos parceiros fixos como igrejas e ou órgãos do poder público.
Todas as doações são feitas por pessoas físicas que acreditam que pode haver um mundo melhor.
Poderia contar um ou mais testemunhos de pessoas que foram beneficiadas pelo projeto?
Temos vários testemunhos diretos e indiretos de pessoas que tem sido beneficiadas por essa ação de amor, mas tenho um muito peculiar que diz respeito a um menino em situação de rua (mas com família), que estava nas ruas por conta do crack.
Em um determinado dia a mãe desse menino me ligou pedindo pelo amor de Deus para ir resgatá-lo em uma boca de fumo.  Não pensei duas vezes, e encontrei ele em uma situação lastimável de drogadição. Conversei e hoje, ele está em um tratamento em uma clínica de reabilitação (clinica esta onde fui diretor por dois anos).
Pensando nessa situação vejo que não é somente o indivíduo e sim um conjunto que sofre.  Por isso tenho certeza que somos pessoas que resgatam não só um indivíduo, e sim toda uma família.
Poderia informar contatos de e-mail e telefone?
Os e-mails são jandersombatera@hotmail.com e kainosmissoesurbanas@outlook.com. O número de telefone é (83) 8883-8183.
Quais as formas de contribuição e necessidades do projeto?
As formas de participação são voluntariado ativo. Interessados podem ajudar da seguinte forma: doações de alimentos, materiais descartáveis (embalagens de quentinhas nº 8 ), roupas (principalmente cobertores), material para curativo (primeiro socorros), brinquedos e também pode participar da entrega destes alimentos ou recursos financeiro.
Gostaria de deixar uma mensagem para os leitores?
Na tentativa de amenizar o sofrimento de quem dorme ao relento, criamos o Amor em Ação ( menos fome, mais amor).
Moradores de rua quase sempre são vistos como um incômodo problema social, tanto por gestores públicos, que não conseguem encontrar mecanismos para mudar a realidade, quanto por quem é abordado na busca por um trocado. Em Campina Grande – PB não é diferente, em geral, estas pessoas trazem históricos de dependência química, conflitos familiares ou mesmo doença mental. Alguns estão desde a infância nas ruas.
Orem por nós.

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