quarta-feira, 8 de maio de 2013


Cristão americano preso na Coreia do Norte é condenado a 15 anos de trabalhos forçados

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O cristão americano Kenneth Bae foi condenado nessa quinta-feira na Coreia do Norte à pena de 15 anos de reclusão e trabalhos forçados. Ele é acusado de crimes contra o Estado e seria um missionário. A agência de notícia estatal KCNA não apresentou nenhuma outra acusação quando relatou a decisão da Suprema Corte. 
Agências de notícias internacionais divulgaram que ativistas de direitos humanos na Coreia do Sul informaram que Kenneth Bae é cristão e pode ter sido preso por ter fotografado crianças desabrigadas passando fome. O jornal Religion Today noticiou que ele é um é um missionário cristão ligado à evangelização e ajuda social de Ohio, nos EUA. 
Kenneth Bae foi detido pela polícia na sua chegada à cidade de Rajin, localizada no norte do país. A região faz divisa com a China e a Rússia. Ele está em poder das autoridades desde 03 de novembro de 2012, quando estava em um grupo com mais quatro turistas. Bae é natural da Coreia do Sul, mas é cidadão americano naturalizado. 
A lei norte-coreana regulamenta a punição para atos hostis contra o Estado de cinco a 10 anos de trabalhos forçados. Após o julgamento, Kenneth Bae pode receber ainda a pena de morte. 
Amigos e colegas informaram ao Religion Today que Bae,é um cristão do estado de Washington, mas mora na cidade de Dalian, na fronteira chinesa. Ele viaja com frequência para a Coreia do Norte para levar ajuda e alimentar os órfãos. 
O Departamento de Estado de Washington pediu anistia imediata para o cidadão americano. A sentença é divulgada na mesma semana em que o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Patrick Ventrell, tinha apelado à “libertação imediata” do suspeito, invocando “razões humanitárias”. 
A condenação do americano acontece no momento delicado da relação entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos. O impasse diplomático está com as tensões acirradas nas últimas semanas com as ameaças de Pyongyang de atacar bases militares dos Estados Unidos no Pacífico e no Sul. 
A Organização das Nações Unidas (ONU) reforçou as restrições após o terceiro teste de armas nucleares feito pela Coreia do Norte, em fevereiro.

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